sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Vagabond

Há uns dez anos achei na banca de jornal perto de casa o mangá Vagabond, deTakehiro Inoue. De cara o que me chamou atenção foi o desenho primoroso. Comprei o primeiro número e muitos outros que vieram em seguida. Depois de certo tempo parei de ler “picado” a história do samurai Musashi e decidi esperar completar a coleção para ler tudo numa tacada só. O último mangá que havia comprado, e lido, era Mai – A Garota Sensitiva, finalizada em oito edições. Achei que com Vagabond seria algo parecido, mas já tinha mais de vinte revistas e nada da história terminar. Depois de certo tempo desisti da coleção e fiquei sem saber o final da história. Soube depois que a editora havia parado de publicar a revista e que todos os leitores ficaram em situação igual a minha. Mesmo sem saber se o texto é tão bom quanto o visual, valeu a pena compra-los. É uma aula de desenho. No mangá (história em quadrinhos feita no Japão) há vários estilos, assim como na história em quadrinhos ocidental. Vagabond é classificada como gekigá, termo usado para diferenciar as história infantis e estilizadas, das adultas e de grafismo naturalista. Tive a pachorra de pegar uma revista e contar quantos quadrinhos continha, depois multipliquei pelo número de revistas que compõe a saga e cheguei ao espantoso resultado de aproximadamente 22.500 quadrinhos. Além de Vagabond, que escreveu e desenhou, Takehiro ainda produziu Slam Dunk e Real, cuja temática é o basquete em cadeiras de roda. É uma produção pessoal espantosa que me lembra o trabalho de folego do americano Winsor Mccay.

Revistas do Garatuja
O mangá é um universo a parte, que confesso conhecer pouco, mas penso que percorrer as páginas de Vagabond é obrigatório para quem pretende desenhar quadrinhos, ou mesmo para os apreciadores da linguagem. Navegando na internet achei o vídeo a seguir. Nesse documentário Takehiro Inoue aparece desenhando. Pode até baixar o som por que não dá pra entender nada mesmo (a não ser que você fale japonês), mas nem precisa dele. Ver sua habilidade com o nanquim é uma delicia e justifica plenamente o que acabo de escrever.






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