domingo, 8 de maio de 2011

A História da História em Quadrinhos.

Por Márcio Zago

Muito se falou sobre o fenômeno dos quadrinhos. Existe uma vasta bibliografia dedicada ao tema, com pontos de vista as mais diversas, mas alguns livros são fundamentais para entender esse universo. Shazam! é um deles. Publicado na década de setenta, mais precisamente em 1972, esse livro com quase quarenta anos de idade, continua sendo referencia obrigatória pra quem quer conhecer melhor o mundo dos quadrinhos. Seu autor - Álvaro de Moya é um teórico apaixonado pelo que faz. Nesse livro ele conta, logo no inicio, a façanha de ter realizado a primeira exposição de originais de quadrinhos no mundo. É isso mesmo, nem os próprios americanos, que se dizem os criadores do gênero, tiveram essa idéia. E isso aconteceu em 1951, período em que os quadrinhos sofriam grande perseguição. O evento levou o nome de Primeira Exposição Internacional de História em Quadrinhos. Com a recusa do MASP em realizar a exposição, ela aconteceu no Centro Cultura e Progresso, em São Paulo. Nas paredes, originais de Alex Reymond,  Hall Foster,  All Capp, Milton Caniff, e outros.



No Garatuja, além do livro Shazam! tem também A História da História em Quadrinhos do mesmo autor. Este livro, de 1993, traça a trajetória dos quadrinhos, da sua origem até a década de noventa. Há muitas referencias visuais, e por isso mesmo acho que merecia ser atualizado e novamente editado, num formato livrão...cheio de páginas coloridas. Em 1996, Álvaro de Moya esteve em Atibaia por conta de um projeto da Secretaria de Estado. O evento aconteceu na Biblioteca do Alvinópolis e se estendeu por vários dias. Alem da palestra com Álvaro de Moya aconteceu uma mostra de painéis didáticos sobre o tema, exposição de gibis, oficinas e sessões de vídeos comentados.  Dias desses, navegando pela internet, descobri um curta metragem que ele realizou com Rogério Scanzerla em 1969. Rogério Scanzerla  é o diretor do clássico O Bandido da Luz Vermelha, de 1968. Filme considerado o mais representativo do chamado Cinema Marginal e tem uma linguagem narrativa própria das histórias em quadrinhos. Tive a oportunidade de ver O Bandido da Luz Vermelha pela primeira vez somente na década de oitenta, quando ajudava a operar um projetor 16 mm no cineclube da cidade...oh saudade.

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