Acervo Garatuja |
Pena que quase nada sobrou desse tempo. Os primeiros seriados eram ao vivo, e mais tarde, com a chegada do VideoTape passaram a ser gravados antes da transmissão, mas é bom lembrar que o VideoTape era caro e não havia a intenção de guardá-lo como registro. Talvez os seriados que sobraram, assim como boa parte do acervo da TV Record, tenham sidos queimados no incêndio que ocorreu na emissora em 1966. Reza a lenda que sobraram alguns registros do seriado guardados pelo próprio Ayres Campos, já falecido. Anos depois de sua estréia na televisão o Capitão 7 surge também na história em quadrinhos publicada pela editora Continental/Outubro. O primeiro número saiu em 1959. Lá o personagem ganhou novos poderes graças a Jaime Cortez. Os argumentos eram de Gedeone Malagola, Helena Fonseca e Hélio Porto e os desenhos, em sua maioria, de Getúlio Delfin, mas desenhava também o próprio Gedeone, Juarez Odilon, Osvaldo Talo e outros. Só feras. Destaque são as capas primorosas desenhadas pelo Jayme Cortez em muitas edições. A história em quadrinhos também foi um sucesso. Publicou cerca de quarenta números e dois almanaques, hoje raridades. O fim da publicação foi melancólico: “Quando a D.C. exigiu que a Capitão 7 trocasse o peito azul pelo verde tropical, para não atrapalhar as vendas do Super-homem, Ayres não aceitou e peitou. "Isso não," protestou indignado, "meu herói foi muito mais herói do que qualquer "Super-homem"! Os norte-americanos não puderam com o irredutível Ayres, mas a editora Abril, sim, porque o Capitão 7 era publicado pela editora Outubro, acontece que a Abril registrou o nome de todos os meses do ano, processando a editora, que fechou as portas em 1964, e não pode mais pagar os direitos do personagem.”* Abaixo a história Capitão 7 contra os homens de Cristal, desenhado pelo Getúlio Delfin
*Rod Gonzalez no blog Quadros ao Vivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário